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Image by Christian Wiediger
Foto do escritorHonassys R. Rocha Silva

Doenças da Retina

Atualizado: 11 de mar.

A saúde ocular é crucial para uma vida plena e ativa. A retina, em particular, desempenha um papel vital na nossa capacidade de ver o mundo ao nosso redor. Diversas doenças podem afetar a retina, mas felizmente, uma dieta rica em certos nutrientes pode ajudar a proteger e até mesmo melhorar a saúde desse importante tecido ocular. Neste artigo, exploraremos as principais doenças da retina, juntamente com os alimentos que podem fornecer os nutrientes necessários para uma visão saudável.

Abaixo vamos conhecer algumas das principais doenças da retina:


 

1. Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI)


A DMRI é uma das principais causas de perda de visão em pessoas mais velhas, afetando a mácula, a parte central da retina. Para ajudar você a entender mais sobre esta doença, elaboramos o texto explicativo a seguir:


  • Causas: envelhecimento, fatores genéticos, exposição à luz ultravioleta, tabagismo;


  • Sintomas: visão embaçada ou distorcida, manchas escuras no campo de visão central;


  • Tratamentos: Injeções intravítreas de medicamentos antiangiogênicos, terapia fotodinâmica, suplementos vitamínicos;

  • Terapias adjuvantes: acompanhamento nutricional.


Cuidar da alimentação pode ajudar a prevenir o agravamento desta doença. Alimentos benéficos para pessoas de alto risco para degeneração macular relacionada à idade (DMRI) incluem aqueles ricos em antioxidantes, luteína, zeaxantina, ácidos graxos ômega-3 e vitaminas específicas. Verduras de folhas verdes escuras, como espinafre e couve, são excelentes fontes de luteína e zeaxantina, que podem ajudar a proteger contra danos na mácula. Peixes gordurosos como salmão, truta e sardinha são ricos em ômega-3, que tem efeitos anti-inflamatórios e pode apoiar a saúde dos olhos. Alimentos ricos em vitamina C (como laranjas e morangos), vitamina E (como amêndoas e avelãs), e zinco (como carne bovina e frango) também são recomendados para ajudar a diminuir o risco de progressão da DMRI. Incluir uma variedade desses alimentos na dieta pode ser uma estratégia valiosa para aqueles em risco de desenvolver ou já vivendo com degeneração macular relacionada à idade.


  • Resumo dos principais estudos:

Os estudos mais famosos sobre a DMRI são o AREDS e o AREDS2. Resumo estes estudos apontam o seguinte:

O Estudo sobre Doenças Oculares Relacionadas à Idade (AREDS) focou na degeneração macular relacionada à idade (DMRI) e catarata, principais causas de perda de visão em idosos. A primeira fase do estudo (AREDS1) descobriu que um suplemento contendo vitamina C, vitamina E, beta-caroteno, zinco e cobre pode reduzir a progressão da DMRI avançada em cerca de 25% para aqueles em estágio intermediário ou com a doença avançada em um olho. Já a segunda fase (AREDS2) aprimorou a fórmula substituindo o beta-caroteno por luteína e zeaxantina, mantendo a eficácia na redução do risco de progressão da DMRI, enquanto a adição de ômega-3 não mostrou benefícios adicionais.

Esses achados influenciaram significativamente as diretrizes clínicas para o manejo da DMRI, recomendando a fórmula AREDS2 principalmente para pacientes em estágio intermediário da doença ou com a doença avançada em um olho. A substituição do beta-caroteno é especialmente importante para fumantes ou ex-fumantes, devido ao risco de possível associação ao câncer de pulmão. A pesquisa AREDS contribui para a prevenção da perda de visão em pacientes em risco, marcando um avanço significativo no entendimento e tratamento da DMRI.




 

2. Retinopatia Diabética


Danos aos vasos sanguíneos da retina causados por complicações da diabetes podem resultar em retinopatia diabética. Para ajudar você a entender mais sobre esta doença, elaboramos o texto explicativo a seguir:


  • Causas: complicações da diabetes, como níveis elevados de açúcar no sangue danificando os vasos sanguíneos da retina;


  • Sintomas: visão embaçada, visão de pontos flutuantes, perda de visão central;


  • Tratamentos: controle rigoroso dos níveis de glicose no sangue, laserterapia para selar os vasos sanguíneos anormais, injeções intravítreas de medicamentos antiangiogênicos;

  • Terapias adjuvantes: acompanhamento nutricional.

Para pessoas em risco de retinopatia diabética, uma condição ocular que afeta indivíduos com diabetes, é crucial adotar uma dieta rica em certos nutrientes que podem ajudar a gerenciar a condição e potencialmente reduzir o risco de sua progressão. Alimentos ricos em antioxidantes, como vitamina C, vitamina E e zinco, desempenham um papel fundamental na proteção dos olhos contra danos oxidativos. Frutas cítricas, frutas vermelhas, nozes e sementes são excelentes fontes desses antioxidantes. Além disso, verduras de folhas verdes escuras contêm luteína e zeaxantina, que podem ajudar a proteger a retina. O controle glicêmico é fundamental na prevenção da retinopatia diabética, portanto, alimentos com baixo índice glicêmico, como grãos integrais, legumes e vegetais ricos em fibras, devem ser priorizados para ajudar a manter os níveis de açúcar no sangue estáveis. Incluir peixes gordurosos na dieta, ricos em ácidos graxos ômega-3, como salmão e sardinha, também pode beneficiar a saúde ocular, devido às suas propriedades anti-inflamatórias. Uma dieta balanceada, rica nesses nutrientes, juntamente com o gerenciamento adequado do diabetes, pode ser uma estratégia eficaz para reduzir o risco ou retardar a progressão da retinopatia diabética.


  • Resumo dos principais estudos:

Os principais estudos de revisão sobre a prevenção da retinopatia diabética enfatizam a importância do controle rigoroso da glicemia, pressão arterial e lipídios como medidas fundamentais para reduzir o risco de desenvolvimento e progressão desta complicação da diabetes. Uma meta-análise, o Estudo de Complicações do Diabetes no Controle e Complicações do Diabetes (DCCT) para tipo 1 e o Estudo de Controle e Complicações do Diabetes no Reino Unido (UKPDS) para tipo 2, demonstrou que o controle intensivo da glicemia pode significativamente diminuir o risco de retinopatia diabética em até 76%. Além disso, o UKPDS mostrou que a redução da pressão arterial em indivíduos diabéticos tipo 2 também reduz a progressão da retinopatia diabética. Esses estudos sugerem que uma abordagem multidisciplinar, focada no controle metabólico estrito e na vigilância regular da saúde dos olhos, é crucial na prevenção da retinopatia diabética.


Além do controle glicêmico e da pressão arterial, a pesquisa recente também explora o papel dos ácidos graxos ômega-3, antioxidantes e uma dieta rica em frutas e vegetais na prevenção da retinopatia diabética. Estudos observacionais e ensaios clínicos sugerem que uma dieta rica em nutrientes com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias pode oferecer proteção adicional contra o dano oxidativo e a inflamação associados à retinopatia diabética. A suplementação com vitamina E, luteína e zeaxantina, em particular, mostrou-se promissora em alguns estudos, embora os resultados sejam mistos e a necessidade de mais pesquisa seja evidente para estabelecer diretrizes claras de suplementação. Em suma, a prevenção da retinopatia diabética envolve uma combinação de controle metabólico rigoroso, estilo de vida saudável e monitoramento regular da saúde dos olhos para detectar e tratar precocemente quaisquer sinais de progressão da doença.




 

3. Retinopatia Hipertensiva


A pressão arterial elevada pode danificar os vasos sanguíneos da retina, levando à retinopatia hipertensiva. Alimentos ricos em potássio, cálcio e fibras, como bananas, abacates, laticínios com baixo teor de gordura e brócolis, podem ajudar a controlar a pressão arterial e proteger a saúde ocular.


  • Causas: Pressão arterial elevada, que pode danificar os vasos sanguíneos da retina.

  • Sintomas: Alterações na visão, como visão embaçada ou perda de visão periférica.

  • Tratamentos: Controle da pressão arterial por meio de medicamentos e mudanças no estilo de vida.

  • Terapias adjuvantes: acompanhamento nutricional.

Para pessoas de alto risco para retinopatia hipertensiva, uma condição ocular causada por hipertensão não controlada, é essencial consumir alimentos que ajudem no controle da pressão arterial. Alimentos ricos em potássio, como bananas, batatas, espinafre e abacates, podem ajudar a regular a pressão arterial. Além disso, alimentos com alto teor de magnésio, como nozes, sementes, legumes e grãos integrais, e ricos em cálcio, como produtos lácteos e vegetais de folhas verdes, também são benéficos. A dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension), que enfatiza frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras, é frequentemente recomendada para indivíduos com hipertensão. Limitar a ingestão de sal e alimentos processados é crucial para evitar picos de pressão arterial. Manter um peso saudável e incluir esses alimentos na dieta pode ajudar a gerenciar a hipertensão e, consequentemente, reduzir o risco de desenvolver retinopatia hipertensiva.


  • Resumo dos principais estudos:


Os estudos de revisão sobre a prevenção da retinopatia hipertensiva concentram-se principalmente na importância do controle eficaz da pressão arterial para reduzir o risco de desenvolvimento e progressão dessa condição ocular. A retinopatia hipertensiva, uma manifestação de danos aos vasos sanguíneos da retina devido à hipertensão arterial, pode levar a sérios problemas de visão se não for controlada. Pesquisas indicam que a manutenção de níveis de pressão arterial dentro de faixas normais é crucial para a prevenção da retinopatia hipertensiva. Estudos como a revisão sistemática e meta-análise publicada na "Hypertension" destacam que intervenções dietéticas, como a dieta DASH, juntamente com medicamentos anti-hipertensivos, podem ser estratégias eficazes. Esses estudos sugerem que o controle da pressão arterial não apenas reduz a incidência de retinopatia hipertensiva, mas também pode retardar a progressão da doença em indivíduos já afetados.


Além do controle da pressão arterial, a revisão da literatura sugere que um estilo de vida saudável, incluindo dieta balanceada, exercícios regulares e evitar o tabagismo, desempenha um papel significativo na prevenção da retinopatia hipertensiva. Estudos enfatizam a necessidade de uma abordagem holística para o manejo da hipertensão, que não se limite apenas à medicação, mas também à adoção de hábitos de vida saudáveis. Por exemplo, a atividade física regular é associada à redução da pressão arterial e, consequentemente, ao menor risco de desenvolver retinopatia hipertensiva. A pesquisa também aponta para o potencial de suplementos nutricionais, como ácidos graxos ômega-3 e antioxidantes, em apoiar a saúde vascular ocular, embora a necessidade de mais estudos seja evidente para estabelecer recomendações claras. Em resumo, a prevenção da retinopatia hipertensiva requer um enfoque integrado que combine controle médico da pressão arterial com mudanças positivas no estilo de vida.




 

4. Descolamento de Retina


O descolamento de retina ocorre quando a retina se separa do tecido subjacente, causando sintomas como flashes de luz e perda de visão periférica. Embora não haja alimentos específicos associados ao tratamento dessa condição, manter uma dieta equilibrada e rica em nutrientes pode promover a saúde ocular geral.


  • Causas: Trauma ocular, miopia severa, envelhecimento.

  • Sintomas: Visão de flashes de luz, aumento repentino de pontos flutuantes, perda súbita da visão periférica.

  • Tratamentos: Cirurgia a laser, cirurgia de retina vitrectomia, crioterapia.

  • Terapias adjuvantes: acompanhamento nutricional.


Para pessoas de alto risco para descolamento de retina, embora a dieta por si só não possa prevenir diretamente essa condição, manter uma alimentação saudável e balanceada pode ajudar a sustentar a saúde geral dos olhos e reduzir riscos associados. Alimentos ricos em vitamina C e E, zinco e antioxidantes podem apoiar a saúde da retina e fortalecer sua estrutura. Frutas cítricas, frutas vermelhas, nozes, sementes, folhas verdes escuras como espinafre e couve, bem como peixes gordurosos ricos em ômega-3, como salmão e sardinha, são recomendados para sua contribuição para a saúde ocular. Além disso, manter uma ingestão adequada de líquidos para hidratação e evitar excesso de alimentos processados e açúcares pode ajudar a manter a pressão sanguínea em níveis saudáveis, o que indiretamente beneficia a saúde dos olhos. Embora a alimentação saudável seja importante, indivíduos em risco devem também seguir as recomendações médicas para exames regulares de visão, pois a detecção precoce e o tratamento são cruciais para prevenir o descolamento de retina e outras complicações oculares.


  • Resumo dos principais estudos:


Os estudos de revisão sobre a prevenção do descolamento de retina enfocam principalmente a identificação precoce de fatores de risco e a intervenção oportuna para evitar a progressão da condição. O descolamento de retina é uma emergência oftalmológica que ocorre quando a retina se separa do tecido subjacente, com riscos significativos de perda de visão se não tratada prontamente. Fatores de risco incluem miopia alta, cirurgias oculares prévias, traumas oculares, e certas condições hereditárias. Revisões sistemáticas sugerem que exames oftalmológicos regulares são essenciais para pessoas em risco, permitindo a detecção precoce de alterações retinianas, como rasgos ou degenerações que podem preceder o descolamento. Além disso, estudos indicam que a educação dos pacientes sobre sintomas de alerta, como o aparecimento súbito de moscas volantes ou flashes de luz, é crucial para a detecção e tratamento precoce, potencialmente prevenindo o descolamento completo da retina.


Embora a prevenção direta do descolamento de retina através da dieta ou estilo de vida seja limitada, a manutenção de uma boa saúde ocular e geral pode ajudar a reduzir os riscos associados. Pesquisas destacam a importância de controlar condições sistêmicas, como diabetes e hipertensão, que podem afetar a saúde dos olhos. Além disso, a proteção ocular durante atividades de risco, como esportes ou trabalhos que possam levar a traumas oculares, é recomendada para prevenir lesões que poderiam levar ao descolamento de retina. Enquanto as revisões de estudos reforçam a importância de intervenções médicas e cirúrgicas para tratar condições predisponentes, elas também apontam para a necessidade de mais pesquisas sobre estratégias preventivas e educacionais que possam reduzir a incidência e os impactos do descolamento de retina na população em geral.




 

5. Degeneração Periférica da Retina

A degeneração periférica da retina pode resultar em perda gradual da visão periférica. Consumir alimentos ricos em vitamina A, zinco e vitamina C pode ajudar a proteger contra essa condição. Cenouras, batatas doces, frutas cítricas e nozes são boas fontes desses nutrientes.


  • Causas: Envelhecimento, miopia, história familiar.

  • Sintomas: Perda gradual da visão periférica.

  • Tratamentos: Monitoramento regular, tratamento a laser em casos avançados.

  • Terapias adjuvantes: acompanhamento nutricional.


Para pessoas de alto risco para degeneração periférica da retina, uma condição que afeta a parte externa da retina e pode comprometer a visão periférica, uma dieta rica em nutrientes específicos pode apoiar a saúde ocular e potencialmente retardar a progressão da doença. Alimentos ricos em antioxidantes, como vitamina C, vitamina E, luteína e zeaxantina, são particularmente benéficos. Frutas cítricas, frutas vermelhas, verduras de folhas verdes escuras (como espinafre e couve), bem como ovos, são excelentes fontes desses antioxidantes. Além disso, peixes gordurosos, como salmão, sardinha e cavala, fornecem ácidos graxos ômega-3, que têm propriedades anti-inflamatórias e podem ajudar a proteger contra danos celulares na retina. Incluir grãos integrais, nozes e sementes na dieta também pode contribuir para a saúde geral dos olhos ao oferecer zinco e outros minerais importantes. Manter uma alimentação equilibrada, rica nesses nutrientes, juntamente com visitas regulares ao oftalmologista, pode ser uma estratégia eficaz para indivíduos em risco de degeneração periférica da retina.


  • Resumo dos principais estudos:


A degeneração periférica da retina é uma condição menos comum do que outras doenças retinianas, como a degeneração macular relacionada à idade (DMRI), e por isso a literatura específica sobre sua prevenção é mais limitada. No entanto, os princípios gerais de manutenção da saúde ocular sugerem que uma abordagem semelhante pode ser benéfica. Estudos de revisão que abordam a prevenção de doenças retinianas em geral destacam a importância de uma dieta rica em antioxidantes, ácidos graxos ômega-3 e outros nutrientes essenciais para a saúde dos olhos. Nutrientes como luteína, zeaxantina, vitamina C, vitamina E e zinco, encontrados em alimentos como folhas verdes, frutas cítricas, ovos, nozes e peixes gordurosos, são frequentemente recomendados para apoiar a estrutura e função retiniana. Embora estudos diretos sobre a degeneração periférica da retina sejam escassos, acredita-se que a adoção de uma dieta rica nesses nutrientes possa oferecer benefícios preventivos, semelhantes aos observados na prevenção ou no retardamento da progressão da DMRI.


Além da nutrição, a literatura sugere que o controle de fatores de risco modificáveis, como hipertensão, obesidade, tabagismo e exposição prolongada à luz ultravioleta (UV), pode ser crucial na prevenção da degeneração periférica da retina e outras doenças oculares. O tabagismo, em particular, tem sido consistentemente associado a um risco aumentado de várias doenças retinianas, reforçando a importância de estratégias de cessação do tabagismo como parte de um plano de prevenção abrangente. A proteção dos olhos contra a exposição excessiva à luz UV com o uso de óculos de sol apropriados também é recomendada. Enquanto mais pesquisas são necessárias para entender completamente a etiologia e os mecanismos de prevenção específicos para a degeneração periférica da retina, a ênfase na saúde ocular através de uma dieta saudável, controle de fatores de risco e exames oftalmológicos regulares permanece como uma abordagem prudente.




 

6. Retinopatia Pigmentar

A retinopatia pigmentar é uma condição genética que causa a degeneração progressiva das células fotossensíveis da retina. Embora não haja cura para essa condição, consumir alimentos ricos em vitamina A, vitamina E e ômega-3 pode ajudar a manter a saúde ocular. Cenouras, abacates, peixes gordurosos e nozes são exemplos de alimentos que podem beneficiar indivíduos com retinopatia pigmentar.


  • Causas: Condição genética, degeneração progressiva das células fotossensíveis da retina.

  • Sintomas: Dificuldade em enxergar à noite, perda gradual da visão periférica.

  • Tratamentos: Não há cura, mas podem ser prescritos óculos ou lentes de contato especiais para melhorar a visão.

  • Terapias adjuvantes: acompanhamento nutricional.


Para pessoas de alto risco para retinopatia pigmentar, uma condição genética que afeta a retina e pode levar à perda progressiva da visão, uma dieta rica em certos nutrientes pode ajudar a suportar a saúde ocular e potencialmente retardar a progressão da doença. Alimentos ricos em vitamina A, como fígado e outros órgãos, cenouras, batata-doce e folhas verdes escuras, são essenciais, pois a vitamina A é crucial para a manutenção da visão noturna e da saúde retiniana. Além disso, os ácidos graxos ômega-3, encontrados em peixes gordurosos como salmão, sardinha e cavala, são recomendados por suas propriedades anti-inflamatórias e potencial para proteger contra a degeneração celular. Incluir na dieta antioxidantes como luteína e zeaxantina, presentes em vegetais de folhas verdes, ovos e milho, também pode beneficiar a saúde dos olhos ao proteger contra o estresse oxidativo. Embora a alimentação por si só não possa prevenir a retinopatia pigmentar, uma dieta balanceada rica nesses nutrientes pode contribuir para a saúde ocular geral e possivelmente retardar o avanço da doença.


  • Resumo dos principais estudos:


A retinopatia pigmentar é uma doença genética progressiva que afeta a retina e pode levar à perda de visão. Estudos de revisão sobre a prevenção e tratamento dessa condição concentram-se principalmente em intervenções genéticas, nutricionais e de estilo de vida que podem retardar a progressão da doença. Uma área de interesse significativo é o papel dos suplementos nutricionais, como a vitamina A palmitato, que foi estudada extensivamente em ensaios clínicos. Pesquisas demonstraram que a suplementação diária com vitamina A pode retardar a perda de função da retina em alguns pacientes com retinopatia pigmentar. Outros nutrientes, como os ácidos graxos ômega-3, também foram associados a efeitos benéficos na saúde retiniana, sugerindo que uma dieta rica nesses nutrientes pode oferecer algum grau de proteção contra a progressão da doença.


Além das estratégias nutricionais, os avanços na terapia gênica apresentam uma promessa significativa para o tratamento da retinopatia pigmentar. Estudos recentes têm explorado a possibilidade de corrigir geneticamente as mutações específicas responsáveis pela doença, oferecendo uma potencial cura ou uma desaceleração substancial da progressão da retinopatia. Embora a pesquisa esteja em estágios relativamente iniciais, os resultados preliminares são encorajadores, indicando uma melhoria na função retiniana em pacientes tratados. Adicionalmente, a importância de exames oftalmológicos regulares e o uso de dispositivos de auxílio visual são enfatizados nos estudos de revisão como componentes críticos do manejo da doença, ajudando os pacientes a maximizar sua visão restante e qualidade de vida. Em resumo, a combinação de terapias nutricionais, avanços em tratamentos genéticos e suporte oftalmológico contínuo representa as abordagens mais promissoras na prevenção e tratamento da retinopatia pigmentar.




Manter uma dieta equilibrada, rica em nutrientes essenciais para a saúde ocular, pode desempenhar um papel importante na prevenção e no tratamento de várias doenças da retina. Incorporar alimentos como vegetais de folhas verdes, frutas frescas, peixes gordurosos e nozes em sua dieta diária pode ajudar a proteger sua visão e promover uma vida com uma visão clara e saudável. Lembre-se sempre de consultar um profissional de saúde antes de fazer qualquer alteração significativa na sua dieta.


 

7. Teste com a Tela de Amsler em Casa


O teste com a Tela de Amsler é uma ferramenta simples e eficaz que ajuda a identificar alterações visuais relacionadas à mácula, a parte do olho responsável pela visão central nítida. Este teste pode ser um primeiro passo crucial na detecção precoce de condições como a degeneração macular. Abaixo, explicamos como você pode realizar este teste de forma rápida e segura em sua própria casa.


O que você precisa:

  • Uma Tela de Amsler impressa, que pode ser facilmente encontrada e baixada da internet. A tela consiste em um quadrado com linhas retas formando uma grade e um ponto no centro.

  • Uma sala bem iluminada para garantir que a tela possa ser vista claramente.

  • Se você usa óculos para leitura ou tem lentes de contato, certifique-se de usá-los durante o teste.


Passos para realizar o teste:

  1. Preparação: Coloque a Tela de Amsler em uma parede ou mesa a uma distância de aproximadamente 40 cm (ou o comprimento do braço) dos seus olhos. Certifique-se de que a área está bem iluminada.

  2. Posicionamento: Cubra um olho com a mão ou um pedaço de papel, sem pressionar o olho fechado. Você fará o teste com um olho de cada vez.

  3. Foco: Mantenha seu olhar fixo no ponto central da grade. Sem mover os olhos, tente perceber se todas as linhas da grade são retas e contínuas e se todos os quadrados são do mesmo tamanho.

  4. Avaliação: Enquanto olha para o ponto central, preste atenção se alguma das linhas está distorcida, ondulada, borrada ou faltando. Note também se algum dos quadrados parece ter um tamanho diferente dos outros.

  5. Repetição: Repita o teste com o outro olho, seguindo os mesmos passos.


Interpretação dos resultados:

  • Normal: Se todas as linhas e quadrados parecerem retos e uniformes com ambos os olhos, seu teste é considerado normal.

  • Anormal: Se você notar linhas onduladas, distorcidas, partes faltando na grade ou quadrados de tamanho irregular, isso pode indicar uma alteração na mácula e é aconselhável procurar um oftalmologista para uma avaliação mais detalhada.


Importância do teste:

Realizar o teste com a Tela de Amsler regularmente pode ajudar no monitoramento de alterações na visão central. É especialmente importante para indivíduos com risco de degeneração macular ou outras condições maculares acompanhar quaisquer mudanças visuais e procurar atendimento médico imediato se alterações forem notadas.

Lembre-se, este teste não substitui exames oftalmológicos regulares realizados por profissionais. Ele serve como uma ferramenta de triagem que pode alertar sobre a necessidade de avaliação médica.






A visão é o sentido mais importante do ser humano!

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Guest
Feb 08
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Informativo com base nos estudos já publicados.

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